
Os compromissos assumidos ontem pelo G8 não são suficientes aos olhos de Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, que mostrou hoje a sua preocupação. Barack Obama, que preside ao encontro com as economias emergentes, acredita que ainda há tempo para estas nações se juntarem ao esforço internacional.
Ban Ki-moon considera que o progresso conseguido pelo G8 para o clima “não vai longe o suficiente”. “Isto é um imperativo político e moral e uma responsabilidade histórica... para o futuro da humanidade e mesmo para o futuro do planeta Terra”.
No primeiro de três dias da cimeira em L’Aquila, em Itália, o G8 não conseguiu convencer a China e Índia a aceitar reduzir 50 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 2050.
Obama, que quer deixar a sua marca na sua primeira reunião do G8 ao presidir um encontro entre países ricos e emergentes sobre ambiente, considera que ainda é possível conseguir progressos antes da conferência de Copenhaga, em Dezembro.
O porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs contou que Obama disse ao Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que “ainda há tempo para aproximarmos as partes discordantes, antes daquele encontro importante”.
Obama vai esta tarde presidir à reunião do MEF (Fórum das Grandes Economias) que, ao que tudo indica, deverão aceitar limitar o aumento da temperatura global a 2ºC mas não a redução das emissões.