24/09/2008

Earth Overshoot Day



What is Earth Overshoot Day?
September 23 this year marks an unfortunate milestone: the day humanity will have used all the resources nature will generate this year, according to Global Footprint Network data. Earth Overshoot Day marks the day when humanity beings living beyond its ecological means. Beyond that day, we move into the ecological equivalent of deficit spending, utilizing resources at a rate faster than what the planet can regenerate in a calendar year.
Globally, we now now require the equivalent of 1.4 planets to support our lifestyles. But of course, we only have one Earth. The result is that our supply of natural resources -- like trees and fish -- continues to shrink, while our waste, primarily carbon dioxide, accumulates.
Please contact Nicole Freeling if you are interested in learning more about Earth Overshoot Day.

What is Overshoot?
Just like any company, nature has a budget -- it can only produce so many resources and absorb so much waste every year. The problem is, our demand for nature's services is exceeding what it can provide.
In 2008, humanity used about 40% more in one year than nature can regenerate that same year. That means it takes over a year and three months for the Earth to regenerate what humanity is using in one year. This problem -- using resources faster than they can regenerate and creating waste faster than it can be absorbed -- is called ecological overshoot.
We currently maintain this overshoot by liquidating the planet’s natural resources. For example we can cut trees faster than they re-grow, and catch fish at a rate faster than they repopulate. While this can be done for a short while, overshoot ultimately leads to the depletion of resources on which our economy depends.
In fact, overshoot is at the root of the most pressing environmental problems we face today: climate change, declining biodiversity, shrinking forests, fisheries collapse and several of the factors contributing to soaring world food prices.

Why is Earth Overshoot Day Earlier Than Last Year ?
Earth Overshoot day (also known as Ecological Debt Day) was a concept devised by Global Footprint Network partner, nef (the new economics foundation). Each year, Global Footprint Network calculates humanity's Ecological Footprint (it's demand on cropland, pasture, forests and fisheries), and compares this with global biocapacity, the ability of these ecosystems to generate resources and absorb waste. Ecological Footprint accounting can be used to determine the exact date we, as a global community, begin living beyond the means of what the planet can regenerate in a calendar year.
Humanity first went into overshoot in 1986; before that time the global community consumed resources and produced carbon dioxide at a rate consistent with what the planet could produce and reabsorb. By 1996, however, humanity was using 15 percent more resources in a year than the planet could supply, with Earth Overshoot Day falling in November. This year, more than two decades since we first went into overshoot, because we are now demanding resources at a rate of 40 percent faster than the planet can produce them, Earth Overshoot Day has moved forward to September 23.

How is Earth Overshoot Day Calculated?

[ world biocapacity / world Ecological Footprint ] x 365 = Ecological Debt Day

Put simply, Earth Overshoot Day shows the day on which our total Ecological Footprint (measured in global hectares) is equal to the biocapacity (also measured in global hectares) that nature can regenerate in that year. For the rest of the year, we are accumulating debt by depleting our natural capital and letting waste accumulate.
The day of the year on which humanity enters into overshoot and begins adding to our ecological debt is calculated by calculating the ratio of global available biocapacity to global Ecological Footprint and multiplying by 365. From this, we find the number of days of demand that the biosphere could supply, and the number of days we operate in overshoot.
This ratio shows that in 2008, in just 267 days, we demanded the biosphere’s entire capacity for the year. The 267th day of the year is September 23.
If you have further questions about the Ecological Footprint and overshoot calculations, there are a number of resources available through our website to learn more: See the Living Planet Report and the Earth Overshoot Day Media Backgrounder for definitions, data and further information about overshoot. You can also read our methodology paper for a more technical overview of our calculation methods, and visit our glossary page for definitions of terms. If you have further inquiries about Earth Overshoot Day, please contact Nicole Freeling.



http://www.footprintnetwork.org/gfn_sub.php?content=overshoot

Milhões de toneladas do gás estão a ser libertadas no Ártico Metano: a nova ameaça para o aquecimento global


Cientistas a trabalhar no Ártico asseguram que descobriram uma nova ameaça para o aquecimento global. Milhões de toneladas de gás metano, 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono, estão a escapar para a atmosfera desde dos fundos marinhos da plataforma continental siberiana.


Os depósitos de metano sub-aquáticos estão a ser libertados para a superfície sob a forma de bolhas de ar na região do Ártico, há medida que a região aquece e o gelo recua, segundo noticia hoje o jornal “The Independent”.


Os cientistas acreditam que a libertação repentina de metano esteve na origem de rápidos aumentos de temperatura, na alteração dramática do clima e até na extinção de algumas espécies.


Os investigadores alertam também para o facto deste fenómeno poder estar relacionado com o rápido aquecimento que se tem verificado na região do Ártico nos últimos anos.


A equipa de cientistas percorreu toda a costa norte da Rússia a bordo de um navio de investigação e registou grandes concentrações de metano, em alguns casos 100 vezes superiores aos níveis encontrados anteriormente. Os registos verificaram-se em várias zonas que se estendem a uma área de milhares de quilómetros quadrados na plataforma continental siberiana.


A concentração é de tal forma elevada que Örjan Gustafsson, investigador da Universidade de Estocolmo e um dos responsáveis pela expedição, citado pelo “The Independent”, afirmou: “pela primeira vez, documentámos um campo onde a libertação era tão intensa que o metano não tinha tempo para se dissolver na água, mas estava a atingir a superfície do oceano sob a forma de bolhas de ar”. Gustafsson acrescentou que “estas ‘chaminés de metano’ foram registadas através de instrumentos de ressonância e sísmicos”.


Citado pelo “El Mundo”, Gustafsson explicou que “a libertação de metano nestas regiões inacessíveis, parece indicar que a capa de "permafrost" (tipo de solo do Ártico, composto por terra, gelo e rochas congeladas) está a começar a romper-se, o que permite que o gás se escape. Encontramos níveis elevados de metano na superfície do mar e ainda mais elevados a certas profundidades”.


O metano é 20 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono, enquanto gás de estufa, e muitos cientistas temem que esta libertação possa acelerar o aquecimento global numa reacção em cadeia gigante: o metano atmosférico causa um aumento das temperaturas que, por seu lado, aceleram o descongelamento da capa de "permafrost" que, em consequência, liberta mais metano para o ar.


Anomalias detectadas em 2003

Calcula-se que a quantidade de metano depositado debaixo do Ártico supere o carbono armazenado nas reservas carboníferas mundiais, daí a importância da estabilidade dos depósitos numa área que tem vindo a aquecer a um ritmo muito superior ao restante planeta.


Os resultados preliminares do estudo internacional da plataforma siberiana estão a ser preparados para serem publicados na União Geofísica Americana, sob a supervisão de Igor Semiletov, membro da Academia Russa de Ciências. O cientista investiga a área do mar de Laptev desde 1994, e até 2003 não tinham sido registados níveis anormais de metano. Foi a partir desse ano que foram encontradas as primeiras zonas de libertação de metano, agora confirmadas por este estudo.


Semiletov, citado pelo "The Independent", sugeriu várias explicações para o fenómeno, entre as quais o descongelamento das camadas de gelo na terra que fazem com que a água chegue ao mar a temperaturas mais elevadas e em maior volume.


O Ártico registou nas últimas décadas um aumento médio das temperaturas em quatro graus centígrados e forte diminuição da área oceânica coberta por gelo durante o Verão.

17/09/2008

Mais de 900 milhões de pessoas sofrem de fome no mundo

Devido à subida dos preços dos alimentos
FAO: mais de 900 milhões de pessoas sofrem de fome no mundo

O número de pessoas que sofrem de fome no mundo passou de 850 milhões para 925 milhões no ano passado, devido à subida dos preços dos alimentos, anunciou hoje em Roma o director-geral da agência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), Jacques Diouf.

“O número de pessoas mal alimentadas antes da subida dos preços de 2007-2008 era de 850 milhões. Esse número aumentou no ano passado em 75 milhões, atingindo os 925 milhões”, disse Diouf nas Comissões dos Negócios Estrangeiros e da Agricultura do Parlamento italiano, segundo a agência Ansa.

O índice FAO dos preços alimentares registou um aumento de 12 por cento em 2006, em relação ao ano anterior; de 24 por cento em 2007 e de 50 por cento nos primeiros sete meses de 2008, acrescentou Diouf.“É preciso investir 30 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) por ano para duplicar a produção alimentar e eliminar a fome”, considerou Diouf, qualificando este número de “muito modesto” em comparação com as somas destinadas pelos países membros da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) para financiar a sua própria agricultura (376 mil milhões de dólares, 264 mil milhões de euros) ou em armamento (1204 mil milhões de dólares, 847 mil milhões de euros, em 2006).
17.09.2008 - AFP

Manuel Pinho: mundo tem produzido riqueza, mas não é sustentável prosseguir neste caminho

O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou ontem numa conferência em Lisboa que o mundo tem produzido riqueza, mas do ponto de vista da energia e do ambiente não é sustentável prosseguir neste caminho.

"Os vencedores da economia do futuro são os países que melhor souberem compatibilizar a energia e o ambiente com o crescimento económico", modelo que Portugal adoptou com o Plano Tecnológico para a energia e já ocupa a quinta posição a nível mundial na área das energias renováveis, salientou o ministro.

Manuel Pinho, que falava na Conferência sobre Energias Renováveis, na Fundação Oriente, referiu também que há cinco anos a energia e o sobre-aquecimento global eram uma questão entre outras. "Hoje são a questão", salientou.

O ministro reiterou que a energia e o ambiente são uma questão de âmbito "verdadeiramente universal" e que exige uma resposta a nível global.

Actualmente, a Europa é responsável por menos de um quinto do consumo de energia e das emissões de dióxido de carbono (CO2) a nível mundial.

Manuel Pinho disse ainda que o mundo produziu progresso tecnológico e criação de riqueza, mas o problema reside, agora, num modelo que deixou de ser sustentável do ponto de vista da energia e do ambiente.

Em 2004, a capitalização bolsista das empresas do sector da energia equivalia a um terço da soma da capitalização bolsista do sector bancário e telecomunicações.

Em três anos, a situação "mudou radicalmente" e actualmente, diz Manuel Pinho, a capitalização bolsista das empresas deste sector é 50 por cento superior.

Ministro espera que o país produza 60 por cento da electricidade a partir de renováveis em 2020

Sobre as emissões de CO2 por habitante em 2012, a meta portuguesa é de 7,6 toneladas por habitante, o que é inferior em um terço à meta da Alemanha e do reino Unido.

Segundo Manuel Pinho, Portugal ocupa o quinto lugar ao nível das energias renováveis, apenas atrás da Suécia, Áustria, Finlândia e Letónia.

"Produzimos, actualmente, 42 por cento da electricidade a partir de fontes renováveis, sobretudo água e vento", disse, adiantando que este valor subirá para 60 por cento em 2020, o que coloca Portugal no Top-5 europeu e, por ventura, mundial.

O ministro falou ainda da necessidade de se aumentar a eficiência energética, nomeadamente nos edifícios assinalando que foi lançada uma campanha de entrega gratuita de 4,5 milhões de lâmpadas de maior eficiência energética dirigida às famílias mais desfavorecidas e escolas, que irá chegar a cerca de 20 por cento da população.

Nicholas Stern alerta que clima de Portugal pode ser muito parecido ao de Marrocos

Outro dos oradores, o economista Nicholas Stern falou das alterações climáticas, que devem ser tidas em conta pelos países em todo o mundo.

"O aumento da temperatura no mundo, a evoluir ao ritmo actual, vai fazer com que Londres tenha um clima igual a Portugal e Portugal seja idêntico a Marrocos", salientou.

O economista britânico, que disse não ser pessimista, pois muito se evoluiu nos últimos anos, referiu que as alterações climáticas têm de ser encaradas de forma global, por todos os países, e por políticas públicas que incorporem este tipo de alterações nos modelos económicos.

Stern disse também esperar que os responsáveis dos Estados Unidos, após as próximas eleições, se encontrem com as autoridades chinesas para discutirem as questões climáticas. "Os chineses são mais sensíveis do que supomos", adiantou, considerando que a energia e o ambiente não são incompatíveis com o comércio internacional, no qual países como os emergentes desempenham um papel relevante.

Manuel Pinho: mundo tem produzido riqueza, mas não é sustentável prosseguir neste caminho
17.09.2008
Lusa

À DISTÂNCIA


Tonyi (à esquerda) e Tombo, são dois leões irmãos com 12 anos e vivem no Werribee Open Range Zoo, com 225 hectares, a 30 quilómetros de Melbourne.

Esta fotografia foi captada através de uma câmara escondida e com controlo remoto.

Foto: Mick Tsikas/Reuters
15-09-2008

Björn Lomborg, "The Guardian", 15-09-2008

"O argumento da inacção faz-nos gastar vastos recursos em políticas que não vão fazer nada para combater as alterações climáticas, afastando esses recursos de políticas que poderiam, realmente, ter impactos"

Um número recorde avançado pelas Nações Unidas

Conflitos e catástrofes naturais fizeram 67 milhões de refugiados e desalojados no ano passado
17.06.2008 - PUBLICO.PT