29/06/2009

"A morte de Michael Jackson representa o fim de uma era"

O jornalista do Público Vítor Belanciano considera que o rei da pop vai perdurar na memória colectiva e que a sua morte representa o fim de uma era.

25/06/2009

Nicholas Stern considera que Portugal tem oportunidades para liderar nas energias renováveis

A geografia de Portugal e o acesso à energia solar, eólica e hidro-eléctrica "dão-lhe grandes oportunidades de liderar nas energias renováveis", assegura Nicholas Stern no livro "O Desafio Global", que a editora Esfera do Caos acaba de publicar.

Numa nota à edição portuguesa, o autor - que ficou internacionalmente conhecido pelo "Relatório Stern" sobre alterações climáticas - salienta ainda que "Portugal tomou uma importante iniciativa no seu empenhamento na economia de baixo carbono e no investimento em electricidade renovável, em particular eólica e solar".

Um investimento justificado porque, entre outros factores, "Portugal, como a totalidade da Europa do Sul, é extremamente vulnerável às alterações climáticas", escreve o economista britânico.

Segundo Nicholas Stern, "emissões não controladas podem, para o fim deste século, começar a fazer com que grande parte da Europa Meridional se pareça com o deserto do Saara", sendo Portugal "inevitavelmente envolvido nas migrações de centenas de milhões de pessoas de África e outras paragens que se seguiriam à transformação do planeta ocasionada por alterações climáticas não controladas".

Esta é apenas uma das antevisões que Stern inclui em "O Desafio Global - Como Enfrentar as Alterações Climáticas criando uma nova Era de Progresso e Prosperidade", onde salienta a urgência de reduzir as emissões dos gases com efeitos de estufa, destacando a importância das políticas públicas e o papel de cada cidadão.

Como podem as emissões ser reduzidas e a que custo, qual o papel das empresas nas políticas públicas, quais as metas para os países ricos, como pode a comunidade internacional apoiar a adaptação nos países em desenvolvimento às alterações climáticas, quais os custos da inacção - estes são alguns dos aspectos focados no volume.

A obra marca o arranque da Colecção Gulbenkian Ambiente, dirigida pelo académico e ambientalista Viriato Soromenho-Marques, que assina o prefácio à edição portuguesa e para quem a actual crise económica e financeira tem "nas suas raízes mais fundas e nas suas consequências mais distantes" uma ligação essencial "com a negligência com que a Humanidade tem habitado e malbaratado este planeta".

De acordo com Nicholas Stern, a história do livro tem início quando Gordon Brown, então ministro das Finanças do Reino Unido, lhe pediu para "dirigir uma investigação sobre a economia das alterações climáticas". Dessa investigação resultaria o "Relatório Stern sobre a Economia das Alterações Climáticas", divulgado em Outubro de 2006 e no qual assenta "O Desafio Global", obra desenvolvida ao longo dos dois anos subsequentes.

"Como é possível que, em face das esmagadoras provas científicas e lógicas, ainda exista quem negue os perigos e a urgência da acção?" - questiona o autor, para quem "agir pensando que o futuro será igual ao passado é simplesmente uma tolice".

"Mesmo que sejamos prudentes, as emissões do passado combinar-se-ão com as que emitiremos no futuro próximo e teremos de lidar com prováveis temperaturas médias acrescidas de 2-3º C, possivelmente mais, face a 1850. Estes efeitos tornar-se-ão muito mais intensos e a adaptação será essencial e dispendiosa", exigindo que se planeie antecipadamente, explica Nicholas Stern.

Apesar de realçar a importância de um compromisso a nível das políticas públicas dos vários países, a responsabilidade individual não é escamoteada pelo economista, que indica exemplos de acção comunitária como Woking, uma pequena vila do Reino Unido que gera energia no sítio em que é utilizada, nomeadamente a partir de moinhos de vento locais, "reduzindo as perdas por transmissão e aumentando a eficiência".

Stern aponta também como um êxito o sistema de aquecimento do distrito de Copenhaga, "que fornece aquecimento limpo, fiável e acessível a 97 por cento da cidade".

"Criado em 1984, o processo captura simplesmente o calor desperdiçado pela produção de electricidade - normalmente libertado no mar - e canaliza-o de volta, através de tubagens, para as residências", o que permitiu reduzir as facturas de energia das habitações em 1400 euros anuais e poupou, ao distrito de Copenhaga, o equivalente a 665.000 toneladas de CO2, conta o investigador.

Para Nicholas Stern, apesar dos vários casos de sucesso conhecidos, a dificuldade em mobilizar os indivíduos para a acção resulta da combinação de dois factores: "a menos que as pessoas tenham visto ou sentido um problema, é difícil persuadi-las de que é necessária uma resposta" e como "os efeitos das alterações climáticas só se tornam patentes ao fim de um longo período de tempo"... as mudanças ficam muitas vezes por concretizar.

Um acordo que "tem de ser eficaz no sentido de fazer baixar as emissões na escala necessária; tem de ser eficiente quanto a manter baixos os custos; e tem de ser equitativo em relação às capacidades e responsabilidades, levando em conta tanto as origens como o impacto das alterações climáticas", conclui.

Nicholas Stern, de 63 anos, é docente da Escola de Economia de Londres, professor convidado da Universidade de Oxford e presidente do Instituto de Pesquisa Grantham sobre Alterações Climáticas e Ambiente.

Foi conselheiro especial do presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (1994-1999) e vice-presidente e economista-chefe do Banco Mundial (2000-2003), sendo consultor do governo britânico e da Comissão Europeia para as Alterações Climáticas e Desenvolvimento.

25.06.2009
Lusa

19/06/2009

Estudo revela que níveis de dióxido de carbono são os mais altos nos últimos 2,1 milhões de anos

19.06.2009
Lusa

Os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera são os mais elevados dos últimos 2,1 milhões de anos, segundo um estudo hoje divulgado pela revista "Science".

A investigação, realizada por cientistas do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, da Universidade de Columbia (Nova Iorque), adianta novos dados sobre o papel dos níveis de CO2 nos ciclos de arrefecimento e aquecimento da Terra.

Os cientistas rejeitam a teoria de que uma queda do CO2 tenha sido responsável por glaciações mais longas e intensas há cerca de 850 mil anos, mas confirmam a suspeita de que a sua subida coincida com intervalos mais quentes durante o período estudado.

Os autores mostram que os níveis mais altos de CO2 nos últimos 2,1 milhões de anos foram em média de apenas 280 partes por milhão e são agora de 385 partes por milhão, ou seja 38 por cento acima. A descoberta implica que os investigadores terão de recuar mais no tempo para encontrar analogias com as alterações climáticas actuais.

No estudo, a geoquímica Bärbel Hönisch e colegas reconstruíram os níveis de CO2 através da análise de conchas de plâncton unicelular enterrado no oceano Atlântico ao largo das costas africanas. Ao datarem as conchas e medirem nelas a percentagem de isótopos de boro, conseguiram estimar quanto CO2 estaria na atmosfera quando o plâncton estava vivo.

Este método permitiu-lhes recuar mais do que os registos preservados em núcleos de gelo polar, que datam apenas de há 800 mil anos.

O planeta passou por glaciações cíclicas durante milhões de anos, mas há cerca de 850 mil anos os ciclos glaciares tornaram-se mais longos e intensos, o que foi atribuído por alguns cientistas a uma queda de níveis de CO2.

No entanto, o estudo constatou que o CO2 se manteve estável durante essa transição, não tendo por isso sido a causa da alteração.

"Investigações anteriores indicaram que o CO2 não mudou muito nos últimos 20 milhões de anos, mas a resolução não era suficientemente elevada para ser definitiva", escreve a principal autora do estudo. "Este estudo diz-nos que o CO2 não foi a principal causa, embora os nossos dados continuem a sugerir uma ligação íntima entre os gases com efeito de estufa e o clima global"

Julga-se que o calendário das glaciações seja predominantemente controlado pela órbita e a inclinação da Terra, que determina quanta luz solar incide em cada hemisfério, mas essa não será essa a única explicação.

A ideia de determinar os níveis antigos de dióxido de carbono através do boro, um elemento libertado pelas erupções vulcânicas, foi lançada pela primeira vez por um dos autores deste estudo, Gary Hemming, investigador do Instituto Lamont-Doherty e do Queens College (Londres).

12/06/2009

Gripe A: Declarada a primeira pandemia do século XXI

OMS acha que o mundo está "bem preparado"

11.06.2009 - 19h15 Lusa

08/06/2009

"O Mundo precisa de nós"


05-06-2009 11:43:00

Um activista pintou nas suas costas a mensagem "O mundo precisa de nós", para chamar a atenção para o Dia Mundial do Ambiente na cidade indiana de Chandigarh.
Foto: Ajay Verma/Reuters
Publico on-line 08.06.09

07/06/2009

We've got no choice but nuclear power and carbon-capture technology, says Jeffrey Sachs

The economist Jeffrey Sachs said carbon capture and storage (CCS) technology and nuclear energy will be necessary to avoid catastrophic climate change.

06/06/2009

"What happens in this remote mountain region is a serious concern for the whole world" Andreas Schild


Captured on camera: 50 years of climate change in the Himalayas

Series of before and after panoramas of Imja glacier taken five decades apart highlights dramatic reduction of Himalayan ice

Andreas Schild, the director general of Icimod (International Centre for Integrated Mountain Development (Icimod), said the photographs reveal just "the tip of the iceberg"